domingo, 11 de março de 2012

4 Paredes




Quatro paredes, sonho de qualquer um, sonho de constância, de soledade, de enternecimento, sonho para a alma inquieta por medrar.
Quatro paredes onde o passado se perpetua e onde o  futuro se desenlaça abrindo imagens a uma auspiciosa felicidade destinada a preencher o vazio, enchendo de alento a voz dos desenlaces porvir.
Quatro Paredes, tudo pelo qual o homem deseja, tudo pelo qual vale a pena lutar, tudo o que sonhei e renunciei!

domingo, 13 de novembro de 2011

Divisória

Estraguei tudo! O problema é esse. A linha divisória não é entre as pessoas, mas modos de pensar. Eu penso assim e os outros não. Sou eu por ser eu, e os outros são totalmente diferentes...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Cruz do Mundo que nada é além de nossa Cruz...

Olha! O que vês? vês-te a ti ou vês o outro? talvez não vejas nada, talvez vejas tudo, a verdade é que ali estamos todos nós, uns bem no centro, outros na periferia, e outros um pouco espalhados por todo o lado! Agora pensa, ou melhor: reflecte! pois já temos pensando durante a vida toda. Reflecte no que tens sido, no que tens feito e vivido, certamente saltaram-te à cabeça uns quantos "tropeços" e adversidades que sem duvida têm o peso daquela cruz, e certamente também te lembraste-te de quem teve ao teu lado a segurar nessa tua cruz, ou de quem não teve lá quando precisavas, se tiveste a ventura de ter alguém.
Olha novamente para a imagem... tinhas reparado nos jornais? Este jornais contêm as noticias do nosso lar chamado "Terra", grande parte dessas noticias são de tal modo sombrias e  pesarosas  que, por cobardia ou por falta de interesse em tudo o que é ameaçador para a nossa "falsa felicidade", desviamos o nosso olhar àqueles que com o orgulho erradicado nos pedem ajuda e compaixão, e nós, tal como vicio, apegados à nossa felicidade e comodidade,  continuamos a caminhar perante as nossas rotinas, orgulhosos pelo o que nos tornámos, ignorando assim que também nós, em proporções maiores ou menores,  já tivemos também naquela cruz!

Nós, humanidade, tal como tudo neste mundo, somos como um ciclo, ou,  num mundo ideal, somos como uma rede na qual cada um de nós representa uma linha, se olhares para uma rede vês que as linhas cruzam-se entre si formando nós, esses nós que nos unem são as interacções e acções que estabelecemos entre nós. A rede pode ser vista como um utensílio/ferramenta de grande valor e utilidade, com ou sem grande força, se formos desfazendo os nós da rede perdemos não só a sua força como o seu propósito e valor, digamos que se torna inútil, e as linhas, são elas que dão força à rede, através do seu estado e constituição. Se queremos uma boa rede temos não só de nos esforçar em  ser bom material, mas também temos de olhar para as linhas ao nosso redor, pois sem elas nada somos...

Ainda te lembras da tua cruz, e das pessoas que pegaram ou não nela? então tu sabes o quão o mundo precisa de nós para segurar nas cruzes espalhadas em seu redor, e sabes qual é a sensação de ter alguém ao nosso lado a zelar por nós e a apoiar-nos nos momentos em que o peso do mundo cai sobre nós...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

uma reflexão de Prado Coelho sobre este pequeno país!

Eduardo Prado Coelho, antes de falecer(25/08/2007),teve a lucidez de nos deixar estareflexão, sobre nós todos, por isso façam uma leitura atenta.

Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.

E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.

Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.

O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a 
ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.

Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude
    mais apreciada do que formar uma famíliabaseada em valores e respeito aos demais.

    
Pertenço ao país onde as 
EMPRESAS PRIVADASsão fornecedoras particulares
dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,
onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;

-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.

-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,
reclamam do governo por não limpar os esgotos.

-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.

-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que 
é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.

-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis 
que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe médiae beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas  podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.

-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços,
ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.

-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro 
e não para o peão.

-Um país onde fazemos muitas coisas erradas,
mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, 
melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, 
apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.

Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, 
mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa 
'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita,essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui
até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,
o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada...

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, 
mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, 
nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei 
com a força e por meio do terror ?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece 
a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados !

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa 
a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os santos, 
a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses 
nada poderá fazer.

Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.

É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, 
não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, 
de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e 
ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... 
MEDITE !

EDUARDO PRADO COELHO

Nantes by Beirut

Não consigo parar de ouvir! Por breves momentos a corrida humana dentem-se num contrabandear do passado invocando reflexos das nossas memórias, como um reflexo da nossa vida. Mas, mais que simples lembranças, é um sentimento que se transforma numa palavra silenciosa, que cresce mais e mais alto até se transformar num grito de guerra. Não sei que sentimento é este, nem sei sobre a possibilidade de classificá-lo, mas sei que o quero manter, quero guarda-lo em mim num impossível sempre, enquanto o tempo percorre o meu redor!


domingo, 26 de dezembro de 2010

Ano Novo: Tempo de Mudar-nos e Tempo de Mudar


Porque é nesta ultima semana do ano em nós que ponderamos sobre tudo o que deixamos para trás e o quão a nossa vida muda num único ano. A reflexão que preponho advém do nosso árduo amor, das vezes em que a perda é tão grande que deixa um buraco capaz de absorver todo a nossa capacidade de amar, mas é aí que reside a força do Homem, por vezes não importa a queda ou o quão fragmentado está o nosso coração, nós somos capazes de nos levantar-nos e pegar na declarada mágoa da nossa vida e transformar em amor pelos outros, e é esse "amor magro" que nos fortalece como individuo e como comunidade. É preciso de largar o passado, porque só assim temos braços para o presente, que neste novo ano que se aproxima, que sejamos capazes de ver a insignificância que nossa vida e nossas mágoas assumem perante a dos outros...